A chama de Adrião Blávio
Adrião Blávio, um solitário vigilante nocturno de um museu de arte, fica misteriosamente paralisado, passando a viver isolado num quarto de hospital. É neste espaço de confinamento que descobre a existência de uma mulher chamada Lázara, vítima da mesma estranha enfermidade. A partir dessa descoberta começa a sonhar e a ouvir a voz dessa mulher, com quem passa a conversar e por quem se apaixona. A expectativa da salvação das garras da doença, os sonhos e planos para um futuro partilhado com Lázara, são as janelas de liberdade que Adrião usa para suportar os seus dias de imobilidade e solidão. Através de memórias fragmentadas e pensamentos dispersos, que aparecem como peças aleatórias de um puzzle, desvenda-se gradualmente quem era este homem, antes da doença. Por fim, quando a desejada salvação chega, todas as peças dispersas se agrupam, revelando a verdadeira face de Adrião Blávio e até onde pode chegar a chama do seu amor ou o incêndio da sua loucura.
Joana M. Lopes nasceu em 1984 e é considerada uma das promessas emergentes no cenário literário português. É autora de mais de uma dezena de livros infanto-juvenis, de vários contos publicados em colectâneas nacionais e também do romance A vida de um homem que perseguia poemas (Aletheia Editores, 2018). A chama de Adrião Blávio é o seu segundo romance.