O Regresso da Anarquia
Os Estados Unidos, a China e a Rússia estão no centro da política internacional desde o fim da II Guerra Mundial. As potências das Nações Unidas, aliadas contra as potências do Eixo, dividiram-se na Guerra Fria. Em 1949, a República Popular da China está ao lado da União Soviética e entra na Guerra da Coreia contra os Estados Unidos. Vinte anos depois, a cisão sino-soviética abre caminho a uma coligação sino-americana, que consolida o triângulo estratégico entre Washington, Moscovo e Pequim.
No fim da Guerra Fria, o declínio da Rússia, na sequência da dissolução da União Soviética, e o isolamento da China, depois do massacre de Tiananmen, garantem a preponderância internacional dos Estados Unidos, cuja hegemonia torna possível a formação da parceria estratégica russo-chinesa. Vinte anos depois, a Grande Recessão, a ressurgência da China e a ressurreição da Rússia restauram a centralidade das relações entre Washington, Pequim e Moscovo.
O declínio relativo da principal potência internacional, a erosão da ordem liberal e das alianças democráticas marcam o regresso da competição entre os Estados Unidos, a China e a Rússia. O primado da lei e o respeito pelas normas institucionais deixam de prevalecer sobre a lógica da anarquia e as divergências estratégicas, políticas e ideológicas entre as três grandes potências põem em causa a unidade da ordem internacional que garantiu a paz no post-Guerra Fria.
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