Dois dedos de conversa sobre Livros e Vinhos Verdes (2.ª edição)
Publié par Alexandra Louro le
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Depois do sucesso da edição passada, eis que regressam as conversas à volta dos livros e dos vinhos verdes, numa parceria entre a Alêtheia Editores e a Comissão de Vinhos Verdes.
Vão ser 6 sessões on-line nos dias 12 e 13 de março, que prometem belas conversas literárias regadas com o melhor que se produz do Vinho Verde. Conheça o programa completo e faça a sua inscrição aqui. Não se atrase para receber o livro e o respetivo vinho em sua casa para estar a postos para estas conversas que prometem animadas.
A jornalista Ana Colaço será a moderadora das tertúlias:
SÁBADO 12 de Março
Local: Plataforma Teams
14h30 - 15h30 - Vinho: Tojeira Grande Reserva 2018 / Livro: Arsène Lupin, Gentleman-Gatuno, de Maurice Le Blanc
Orador do livro: Francisco Moita Flores
Orador do vinho: Nuno Grosso
Arsène Lupin, Gentleman-Gatuno, de Maurice Le Blanc
Este romance policial é o primeiro de uma série de vinte títulos que Maurice Leblanc dedicou à figura de Arsène Lupin, o gentleman-gatuno inspirado no anarquista francês Marius Jacob (1879-1954).
Surgido pela primeira vez em 1907, Arsène Lupin foi desde logo encarado como a resposta francesa a Sherlock Holmes. Dedicado ao crime, o gentleman-gatuno, brilhante e divertido nas suas várias golpadas, mantém um código de honra que nos leva a aderir à sua figura.
Dotado de uma escrita simples mas empolgante, Maurice Leblanc construiu uma das personagens mais marcantes do policial, cativando os leitores. Arsène Lupin inspirou, entre outros, o Santo de Leslie Charteris, e muita da banda desenhada famosa dos anos sessenta.
Transformou-se num clássico da literatura policial, não só devido à qualidade e complexidade dos enredos, como por causa de um certo revivalismo de tudo o que é vintage.
17h30 - 18h30 - Vinho: Quinta São Gião Alvarinho &Trajadura 2020 / Livro: O Homem que era Quinta-Feira, de G. K. Chesterton
Orador do livro: Pedro Picoito
Orador do vinho: Nuno Reis
O Homem que era Quinta-Feira, de G. K. Chesterton
Poderemos confiar em nós próprios quando não sabemos quem nós somos? Syme utiliza um novo contacto para entrar infiltrado no Conselho Anarquista da Europa Central e ficar a conhecer a sua mortífera missão, sob o nome de «Quinta-‑feira».
Num parque londrino, o agente secreto Gabriel Syme mete conversa com um anarquista. Quando descobre que no Conselho está outro agente infiltrado, Syme começa a questionar o seu papel na missão.
À medida que uma desesperada perseguição pela Europa começa, a sua confusão cresce, assim como a confiança na sua capacidade de derrotar os inimigos. Ainda assim, terá de enfrentar o maior terror do Conselho: o seu líder, um homem conhecido por Domingo, cuja natureza humana é muito pior do que alguma vez Syme imaginou?
O Homem que era Quinta-‑feira é o mais famoso romance de G. K. Chesterton. Pela primeira vez editado em 1908, mereceu desde logo os maiores elogios, mantendo-‑se até aos dias de hoje como um clássico da literatura a não perder.
Gilbert Keith Chesterton, conhecido como G. K. Chesterton (1874-‑1936), foi um escritor, poeta, narrador, ensaísta, jornalista, historiador, biógrafo, filósofo, desenhista e conferencista britânico. Depois de O Homem Eterno, Ortodoxia, Tremendas Trivialidades e A Inocência do Padre Brown, já editados pela Alêtheia Editores com grande sucesso, dá-se agora à estampa outro clássico cuja primeira edição data de 1908.
19h00 - 20h00 - Vinho: VIA LATINA ALVARINHO DOC 2021 / Livro: Dom Casmurro, de Machado de Assis
Oradora do livro: Alexandra Louro
Orador do vinho: João Gaspar
Dom Casmurro, de Machado de Assis
História clássica de amor e ciúme, em Dom Casmurro é narrada a história de Bento e do seu amor de sempre, Capitu. Os dois ultrapassam a relutância que os pais têm na sua união, mas os ciúmes de Bento levam-no a suspeitar que o filho do casal não é dele. Apesar da trama linear, o narrador joga com as expectativas do leitor e comenta a estrutura da história, esbatendo a linha entre ficção e realidade de uma forma bastante atual.
Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908), jornalista, contista, dramaturgo, poeta e notável autor brasileiro. Autor de uma vasta obra, Machado de Assis passou por diferentes fases de criação literária e, apesar de mais conhecido como romancista e contista, escreveu também peças de teatro, crítica literária e poesia. Dom Casmurro e Quincas Borba são alguns dos romances mais marcantes deste aclamado e inovador autor.
«Se [Jorge Luís] Borges é o escritor que tornou Gabriel Garcia Márquez possível, então não é nenhum exagero dizer que Machado de Assis é o escritor que tornou Borges possível.» Salman Rushdie
DOMINGO 13 de Março
Local: Plataforma Teams
14h30 - 15h30 - Vinho: Quinta da Lixa Escolha branco / Livro: Era uma vez... a Revolução (Memórias), de José Manuel Fernandes
Orador do livro: José Manuel Fernandes
Orador do vinho: Carlos Teixeira
Era uma vez... a Revolução (Memórias)
«Tinha 15 anos quando o assassinato de um estudante, Ribeiro Santos, catalisou os sentimentos difusos de revolta que eu já sentia e me levou a tornar-me primeiro num activista das associações de estudantes, logo a seguir num militante radical. Durante os anos que se seguiram dei o melhor de mim, e praticamente todo o meu tempo, à causa da revolução social e política. Até que, ao entrar na maioridade, comecei a ter dúvidas. Depois das dúvidas veio a refutação das falsas certezas, e à passagem dos 23 anos já compreendera a fatal ilusão em que me deixara envolver.
Libertei-me então da ratoeira ideológica do marxismo e dessa sua declinação extrema, o maoismo. Este livro conta a história desses oito anos. Ou, para ser mais exacto, as minhas memórias de como vivi esse período. São naturalmente memórias pessoais, informadas pelo meu próprio olhar e apenas por ele.»
José Manuel Fernandes, in Prólogo
17h30 - 18h30 - Vinho: Quinta de Lourosa Escolha 2021 / Livro: Glória, de Vasco Pulido Valente
Orador do livro: João Céu e Silva
Orador do vinho: Joana de Castro
Glória, de Vasco Pulido Valente
Historiador (especializado no séc XIX) e polémico colunista, Vasco Pulido Valente sabe como poucos manejar a língua portuguesa. Este seu livro, a que o próprio chama de livro de História, mas que se pode ler como um romance, é a biografia de Vieira de Castro, um homem que veio da província à conquista de Lisboa e do país.
Como nenhum outro, Vieira de Castro (que foi amigo íntimo de Camilo Castelo Branco) sabia usar os jornais para atingir notoriedade, teve uma grande exposição mediática, como hoje se diz, esteve a um passo de ter tudo, mas nunca alcançaria grande poder. E no fim, quando a sua mulher lhe foi infiel, matou-a (apesar de publicamente ter defendido o romance adúltero de Camilo e Ana Plácido), tendo sido condenado e deportado para Angola. Um herói perdedor, muito ao gosto de VPV.
Vasco Pulido Valente nasceu em 1941. Licenciado em Filosofia pela Faculdade de Letras de Lisboa e doutorado em História pela Universidade de Oxford. Investigador-coordenador do Instituto de Ciências Sociais. Ensinou no I.S.E. e no I.S.C.T.E., na Universidade Católica e na Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa.
19h00 - 20h00 - Vinho: Adega Ponte de Lima Loureiro Colheita Selecionada / Livro: O pequeno-almoço do sargento Beauchamp, de Vasco Graça Moura
Orador do livro: Gonçalo Graça Moura
Orador do vinho: Ricardo Silva
O pequeno-almoço do sargento Beauchamp, de Vasco Graça Moura
A acção desta novela, décima obra de ficção de Vasco Graça Moura, decorre durante a primeira invasão francesa, na confusa situação gerada pela presença das tropas napoleónicas em Portugal. A vida, os amores e os projectos de futuro de Jacinto Negrão Bezerra de Albuquerque, na Lisboa agitada de 1808, são-nos dados numa rápida sucessão de peripécias cujo encadeamento acaba por levar a um desfecho inexorável.