«Somos o que escolhemos ser» no DN
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Portas desmente Passos, mas coligação é irrevogável
por Rui Pedro Antunes, Valentina Marcelino e Octávio Lousada OliveiraHoje53 comentários
Há duas versões do "verão frio de 2013": Passos diz que recebeu a demissão de Portas por sms e às 15.00; o CDS que foi de manhã e por carta. O "fogo amigo" vindo do timoneiro da coligação irritou o CDS.
O "fogo amigo" vindo do timoneiro da coligação irritou o CDS. Em declarações numa biografia autorizada - lançada ontem em Lisboa - Passos Coelho reavivou o fantasma da "crise do irrevogável", revelando que o líder do CDS Paulo Portas lhe comunicou a demissão por sms no verão de 2013. Na resposta, o CDS desmentiu, oficialmente, o primeiro-ministro. Apesar disso a coligação está no terreno (ver texto secundário) e é mesmo "irrevogável".
Há duas versões do "verão frio de 2013" - como é lembrado no livro - nos parceiros de coligação: Passos diz que recebeu a demissão por sms e às 15.00; o CDS que foi de manhã e por carta. O gabinete de imprensa centrista emitiu ontem uma nota oficial a dizer que "o pedido de demissão do então ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros aconteceu na manhã de 2 de julho de 2013, e foi naturalmente formalizado por carta".
Na mesma nota - conhecida uma hora após o lançamento do livro - o CDS acrescenta que Paulo Portas "não falou com a autora do livro, pelo que admite que a mesma tenha incorrido num lapso a que não atribui importância". Já antes, o incómodo do CDS tinha sido transmitido por dirigentes centristas.
"Tiro nos pés", "deslealdade", "vingativo", "não se percebe a utilidade". Estas são algumas das expressões mais utilizadas pelos dirigentes do CDS em declarações ao DN (todas em off, pois Portas - embora na Colômbia - aconselhou prudência às hostes) perante o conteúdo das declarações de Passos, no livro Somos o Que Escolhemos Ser, autoria de Sofia Aureliano, assessora do grupo parlamentar do PSD.
Mais demolidor só mesmo o on do "vice" do CDS Diogo Feio que disse ao Económico que "era bom também que o livro dissesse de que forma o primeiro-ministro informou Paulo Portas sobre o nome da nova ministra das Finanças". E deixou ainda escapar um: "Tudo isto começou com um sms..." Uma alusão ao facto de Portas se ter limitado a responder na mesma moeda a Passos por este o ter informado da escolha da nova ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, também por sms.
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